As redes sociais e diversos meios de comunicação criticaram a rede de notícias CNN por cortar ao vivo -alegando um problema técnico- uma entrevista com o jogador de futebol americano Benjamin Watson, que estava falando sobre Jesus Cristo.
Benjamin Watson, o craque dos New Orleans Saints na NFL (Liga de Futebol Americano Nacional), concedeu no dia 28 de novembro uma entrevista ao vivo à apresentadora Brooke Baldwin na CNN sobre os protestos violentos em Ferguson e uma publicação que fez em sua página do Facebook sobre o tema do racismo.
Watson estava explicando para Baldwin que a salvação para o “pecado” que está por trás do racismo e dos protestos em Ferguson, Missouri (Estados Unidos) é “o Evangelho”.
“A única forma de realmente curar o que está no interior é entender que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados”, disse Watson alguns segundos antes da comunicação ter sido cortada.
“Do nada nós perdemos o contato com ele”, essa foi a explicação dada por Baldwin para o corte inesperado da entrevista.
Diversos jornalistas e blogueiros questionaram o corte da CNN e não acreditaram que realmente tenha acontecido um problema técnico. Tom Blumer, no site NewsBuster.org, assinalou que “a manipulação que a CNN fez da entrevista a Watson foi terrivelmente torpe, no melhor dos casos, e grosseiro no pior”.
Independente do que tenha acontecido “acho que precisam dar uma desculpa, mas até onde eu sei ainda não deram nenhuma”, disse.
Dan Calabrese no CainTV.com assinala que “honestamente, não tenho certeza” se o corte foi intencional por parte da CNN, mas se realmente quis calar o entrevistado “o enfoque correto seria informar-lhe de forma educada, mas firmemente, que o tempo acabou e agradecer-lhe”.
“Brooke Baldwin certamente sabe como fazer isso, e não há razão para que não pudesse fazê-lo se realmente sentia que a entrevista saia de suas mãos”, indicou Calabrese.
Diversos usuários das redes sociais, particularmente no Twitter, repetiram a crítica “Benjamin Watson é cortado na CNN anunciando Jesus Cristo”.
Pecado, racismo e Facebook
Watson recebeu a atenção da imprensa dos Estados Unidos, depois de escrever um breve, mas comovedor ensaio sobre a que ele considera que seja a verdadeira razão para as revoltas raciais em Ferguson, estado de Missouri (Estados Unidos).
Em 9 de agosto deste ano, um policial atirou e matou um jovem afro-americano, Michael Brown, de 18 anos, suspeito de um roubo ocorrido minutos antes. Enquanto o Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a polícia de Ferguson por má conduta ou discriminação, o Grande Jurado que viu o caso de Brown decidiu recentemente não começar nenhum processo contra o oficial que atirou.
A publicação de Watson no Facebook, que já tem mais de 845 mil “curtir” e foi compartilhada mais de 467 mil vezes, expressa a irritação, frustração, tristeza e confusão de Watson tanto pelos confrontos como pelas reações da mídia.
Entretanto, destacou que, para ele, o problema em Ferguson “não é um problema de pele, é um problema de pecado”.
“O pecado –assinalou o jogador norte-americano– é a razão pela qual nos rebelamos contra a autoridade. O pecado é a razão pela qual abusamos da nossa autoridade”.
O pecado, continuou, “é a razão pela qual somos racistas, preconceituosos e mentimos para nos esconder. O pecado é a razão pela qual nos amotinamos, saqueamos e queimamos”.
Entretanto, concluiu o seu escrito, “estou animado porque Deus deu uma solução para o pecado através de seu filho Jesus” e porque “o Evangelho dá esperança à humanidade”.
A melhor forma de ajudar as pessoas dependentes da pornografia a abandonar este vício terrível é rasgar a máscara bonita que o encobre e exibir toda a sua podridão, sem meias palavras.
É essa a opinião de Donny Pauling, que, depois de trabalhar como produtor de filmes pornográficos por nove anos, teve um encontro pessoal com Deus e decidiu renunciar à sua vida de pecado. Hoje, pregador e blogueiro católico, Pauling viaja por todos os Estados Unidos, compartilhando a sua edificante história e alertando principalmente a juventude para a grande ameaça da pornografia.
Assim como São Paulo, antes de sua conversão, Pauling não simpatizava nenhum pouco com a fé cristã. Criado em um lar protestante, Deus parecia para ele “uma lista de regras e normas, ao invés de alguém com quem se tem um relacionamento”. “Ele era a razão pela qual eu não podia ir às danças da escola ou a um encontro, ou mesmo passar a noite com os meus amigos”, conta Donny. Observando o comportamento daqueles que simplesmente o ameaçavam com o inferno, ele decidiu que “não queria nada com aquilo” e começou a “ter ódio de Deus”.
Com o passar do tempo, o rapaz foi se envolvendo com o mundo da pornografia e, por conta disso, acabou destruindo até mesmo o seu casamento. “Eu amava o dinheiro. Eu amava o estilo de vida. Eu amava ser o ‘cara’ na cidade”, diz. Em discussões na Internet, chamava os cristãos de “hipócritas” e “reprimidos sexuais”, em uma tentativa patética de legitimar o seu trabalho.
A verdade é que o seu sucesso profissional era bancado pela exploração cruel e impiedosa das mulheres. Nem os seus lucrativos contratos, nem os milhares de dólares que fazia por dia podiam trazer-lhe paz à consciência. “Eu recebia telefonemas de garotas chorando e me implorando para remover o conteúdo que tínhamos produzido delas, porque estava destruindo suas vidas”, revela Donny. “Você via essas garotas com brilho nos olhos que vinham para fazer um trabalho que elas pensavam ser legal. Nossa sociedade hoje diz para elas que isso está certo. Mas, com o passar do tempo, você vê o brilho sumindo de seus olhos. (...) Os olhos brilhantes se turvam, porque essa é a realidade da pornografia”.
Depois de conhecer um corajoso projeto cristão para restaurar pessoas imersas na pornografia, Donny decidiu mudar de vida e, em 2006, abandonou tudo para se tornar cristão. Na Vigília Pascal deste ano, ele deu mais um passo em direção a Cristo e, após conhecer a fé católica, recebeu o Sacramento da Confirmação, entrando em plena comunhão com a Igreja de Roma.
Donny Pauling gerencia um ótimo blog na página pró-vida Life Site News, no qual compartilha tanto suas “confissões de ex-produtor pornográfico”, quanto suas preocupações como pregador do Evangelho. Ele alerta que “a pornografia está devorando o nosso mundo, e a juventude é o alvo mais atingido por ela”. “De todos os jovens com que conversei acima da idade de 12 anos, eu consigo lembrar apenas um que me disse nunca ter visto pornografia”.
Para convencer os jovens da maldade da pornografia, ele recorre a uma parábola:
“Imaginem, por um momento, que vocês estão profundamente apaixonados por uma garota e que fariam qualquer coisa por ela. (...) Agora, imagine que, nessa mesma escola, há um outro jovem que, para atingir você, decide que vai seduzir a garota que você ama, usá-la, abusar dela e destruí-la, até que se reduza a nada. Ele conta a você que vai fazer tudo isso, deixando claro que tudo não tem nada a ver com a garota, mas só com você.”
“Você se dirige à sua amada e a avisa dos planos do outro rapaz. Adverte que ele vai fingir se preocupar com ela, apenas para subjugá-la. Mas, não importa o quanto você tente alertar e insistir com ela para não o escutar, ela, de fato, cai em suas seduções e as coisas se desenrolam exatamente como o seu inimigo disse que aconteceriam. No fim, ela termina destruída e usada.”
“Isso é exatamente o que Satanás faz em relação à pornografia e à sexualidade. Deus concebeu o sexo para ser uma experiência bela e gratificante. Uma forma de Satanás distorcere perverter isso é através da pornografia. (...) Ele zomba de Deus, dizendo que somos alvos fáceis e que, não importa o quanto tenhamos sido avisados, cairemos na mentira que a pornografia apresenta em relação à sexualidade. Nós estupidamente permitimos que Satanás faça exatamente o que tinha planejado fazer, destruindo o belo presente que o sexo deveria ser, substituindo-o por uma asquerosa falsificação e ‘jogando na cara’ de Deus o fato de que ele pode facilmente nos extraviar do Seu caminho.”
“Assim como partiria o seu coração ver a garota do meu exemplo destruída, do mesmo modo parte o coração de Deus ver que permitimos a beleza desse dom que é a intimidade sexual ser pervertida de modo tão terrível pela pornografia.”
Ele também insiste no fato de que “somos chamados a ter um relacionamento com nosso Criador” e que “não há nada que façamos que pode fazer o Seu amor por nós diminuir”, nem as nossas quedas. Para ilustrar essa verdade, Pauling faz outra comparação: “Estou certo de que todos já vimos uma criança aprendendo a andar. Quando ela dá aquele primeiro passo, os pais, orgulhosos, divulgam nas redes sociais, ligam para os amigos e agem como se fosse o primeiro passo do homem na lua. Mas você já ouviu falar de algum pai que, depois de levantar o seu filho, após mais uma queda no chão, diz a ele: ‘Sabe... essa é a terceira ou quarta vez que você cai hoje. Eu não acho que esse negócio de andar seja para você. Talvez você deva ficar aí mesmo, no chão!’? É claro que não. Isso é absurdo.”
Do mesmo modo, Deus, porque nos ama, não nos quer ver caídos no pecado. Por isso, está sempre estendendo a mão para nos levantar e nos colocar de novo no caminho da graça. A vida de Donny Pauling é mais um fruto da misericórdia divina, assim como a de tantos de nós, que muito ofendemos a Deus, mas, justamente porque muito fomos perdoados, devemos a Ele amor maior (cf. Lc 7, 47).
Fonte: Equipe Christo Nihil Praeponere | padrepauloricardo.org
Abrir-se às surpresas de Deus, sem se fechar aos sinais dos tempos. Foi o que pediu o Papa Francisco na missa de hoje na Casa de Santa Marta.
Comentando as palavras de Jesus aos doutores da lei, o Papa exortou os fiéis a não permanecerem apegados às próprias ideias mas a caminharem com o Senhor, encontrando sempre coisas novas.
"Porque estes doutores da lei não percebiam os sinais dos tempos e pediam um sinal extraordinário…E por que é que não percebiam? Antes de mais, porque estavam fechados. Fechados no seu sistema, tinham sistematizado muito bem a lei, uma obra prima. Todos os judeus sabiam o que que se podia fazer e o que não se podia fazer, até onde se podia ir. Tudo bem arrumado. E assim estavam seguros."
"Não percebiam que Deus é o Deus das surpresas, que Deus é sempre novo. Nunca se renega a si mesmo, nunca diz que o que tinha dito era errado, nunca, mas sempre nos surpreende. Eles não percebiam isto e fechavam-se naquele sistema feito com tanta boa vontade e pediam a Jesus: ‘Dá-nos um sinal! E não percebiam os muitos sinais que Jesus fazia e que indicavam que o tempo estava maduro. Fechados!"
Em segundo lugar, tinham esquecido que eram um povo a caminho. Em caminho. E quando se caminha, quando uma pessoa vai pelo caminho, sempre encontra coisas novas, que não conhecia.
Os doutores da lei, fechados em si mesmos, “não tinham percebido que a lei que defendiam e amavam era uma pedagogia que havia de levar a Jesus Cristo. “Se a lei não nos aproxima de Jesus Cristo é uma lei morta.
"Isto deve fazer-nos pensar: estou apegado às minhas coisas, às minhas ideias, fechado. Ou estou aberto ao Deus das surpresas? Sou uma pessoa fechada, ou uma pessoa que caminha? Creio em Jesus Cristo? Sou capaz de captar os sinais dos tempos e ser fiel à voz do Senhor que neles se manifesta? Podemos fazer-nos hoje estas perguntas e pedir ao Senhor um coração que ame a lei, porque a Lei é de Deus. E que ame também as surpresas de Deus, sabendo que esta lei santa não é finalizada a si mesma."
"E nós, que não temos fome, nem doenças, quando chega um pouco de escuridão na nossa alma zangamo-nos logo com Deus"
Evitemos lamentações teatrais e rezemos por quem sofre verdadeiramente. Esta foi a mensagem principal do Papa Francisco na missa da manhã de terça-feira, dia 30 de setembro.
Na primeira leitura da liturgia deste dia, retirada do Livro de Jó, podemos ler: “Desapareça o dia em que nasci e a noite em que foi dito: ‘Foi concebido um varão!’ Porque não morri no seio da minha mãe ou não pereci ao sair das suas entranhas?”
"Jó faz estas afirmações amaldiçoando o dia em que nasceu. Tinha perdido tudo: família, bens, saúde. Será blasfêmia?" – perguntou o Santo Padre.
“Tantas vezes eu ouvi pessoas que estão vivendo situações difíceis, dolorosas, que perderam muito ou se sentem sós e abandonadas e vêm lamentar-se e fazem estas perguntas: Por quê? Por quê? Rebelam-se contra Deus. E eu digo: 'Continua a rezar assim, porque também isto é uma oração". Era uma oração quando Jesus disse ao seu Pai: "Por que me abandonaste?!”.
O Santo Padre recordou neste ponto da sua homilia as grandes tragédias da humanidade, “tantos irmãos e irmãs que não têm esperança”. Referiu o exemplo dos cristãos que são perseguidos e expulsos das suas casas ficando sem nada. E nós, – observou o Papa – que “não temos fome, nem doenças”, quando chega um pouco de “escuridão na nossa alma” zangamo-nos logo com Deus. O Santo Padre evocou o exemplo de Santa Teresinha do Menino Jesus.
“E ela, Santa Teresa, rezava e pedia para andar em frente, na escuridão. Isto chama-se entrar em paciência. A nossa vida é demasiado fácil, as nossas lamentações, são lamentações de teatro. Perante estas, estas lamentações de tantas pessoas, de tantos irmãos e irmãs que estão na escuridão, que quase perderam a memória, que quase perderam a esperança – que vivem aquele exílio de si próprios, são exilados, também de si próprios – nada! E Jesus fez este caminho: da noite no Monte das Oliveiras até a última palavra da cruz: "Pai, por que me abandonaste!”
No final da sua meditação o Papa Francisco apontou duas ideias práticas: prepararmos o nosso coração para os dias de escuridão, e rezarmos com a Igreja pelos irmãos que perderam a esperança e que vivem no sofrimento e na escuridão.
Um verdadeiro cristão não acredita em horóscopo. Ainda que se trate de uma das práticas supersticiosas mais difundidas em nossa sociedade, o horóscopo não serve para predizer os futuros atos livres das pessoas. Além disso, o futuro não é efeito dos movimentos ou posições dos astros.
O Catecismo da Igreja Católica é taxativo ao afirmar que os horóscopos devem ser rejeitados.
Sim, o Catecismo da Igreja Católica afirma que “todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas”. Pois bem, entre as variadas formas de adivinhação, o Catecismo menciona as seguintes: “recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente 'reveladoras' do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos 'médiuns', tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (CIC 2116).
Querer conhecer o futuro é pretender ser igual a Deus – pretensão tão soberba quanto absurda. Devemos confiar nossa vida à Providência divina, confiar em Deus como o Pai que Ele é.
Mas a consulta aos horóscopos não deve ser rejeitada somente “porque a Igreja diz”: existem outros motivos.
Primeiramente, devemos dizer que a crença em horóscopos é perigosa; é quase como acreditar em outra religião. Existem pessoas que tentam nos fazer acreditar que não somos livres, mas que estamos determinados em tudo pelo nosso signo do zodíaco. Não seria a pessoa quem realiza sua própria vida, mas todo o seu agir estaria dirigido por uma força estranha proveniente das estrelas.
Nada do que os horóscopos afirmam está cientificamente provado. O que dizem sobre os sagitarianos hoje, por exemplo, dirão sobre os piscianos amanhã. É triste o fato de que continuem escrevendo horóscopos; mas pior ainda é saber que existem pessoas que acreditam em tudo o que leem.
O que se pode fazer no campo da educação, particularmente na formação espiritual?
É preciso instruir a inteligência e a consciência. O horóscopo é efeito da antiga astrologia, não da astrologia natural, que é mãe da astronomia; trata-se da astrologia judiciária, que se empenhava em descobrir a influência dos astros sobre o destino dos homens e das coisas. Neste sentido, é preciso situá-lo dentro do fenômeno mais amplo das “artes da adivinhação”, entre as quais a adivinhação do que ocorreria a cada hora tinha muito peso entre os persas e os egípcios (“oros-scopeo” significa “horas-olhar”). Os antigos astrólogos observavam o universo a cada hora, cada dia, cada período, esperando encontrar nisso desde a previsão do clima até as causas ou os avisos sobre os acontecimentos sociais, bélicos, religiosos ou sanitários.
Também é preciso analisar os traços históricos da astrologia e reconhecer seus efeitos na cultura. A astrologia judiciária se dividiu, às vezes, em vários setores: a mundial, que vê os processos na história e na política; a genética ou individual, para predizer os acontecimentos pessoais; a horária ou de consultório, que busca a resposta, mediante consulta, para perguntas concretas de pessoas interessadas.
É evidente que a predição prospectiva, a análise dos resultados que dependem de variáveis observáveis, mais do que adivinhação, é predição e previsão, com mais ou menos grau de probabilidade. Assim acontece com o tempo atmosférico ou com a evolução de uma doença. Mas a predição do que ocorre por causas livres é evidentemente um engano, uma predição jogando ao azar, ao cálculo de probabilidades, que é o que acontece nas casas lotéricas e na maior parte dos prognósticos humanos.Finalmente, convém também ensinar cada pessoa a se desfazer de superstições e crenças que possam prejudicar a convivência. Tal pode ser o cultivo de atitudes deterministas ou fatalistas, sejam teológicas (Deus decide tudo sem nós), biológicas (o corpo tem mecanismos cegos e irresistíveis) ou sociológicas (o homem depende das suas circunstâncias). Evitar isso também é ajudar a lutar pela liberdade na vida e, portanto, trabalhar pela conquista do amor como dom que os homens podem vivenciar.
Por isso, é importante ajudar todos a defender-se dos que propagam os horóscopos, que são adivinhadores e astrólogos que geralmente pretendem viver explorando a credulidade dos ingênuos e buscando ganhar dinheiro à custa disso.
A atitude da Igreja com relação aos horóscopos sempre foi de condenação sem paliativos.
A Igreja sempre condenou e rejeitou todo o relativo a adivinhação, espiritismo e cultivo de crenças vãs. Recordou sempre que o mundo foi criado por Deus e se rege pelas leis naturais e pelos cuidados especiais da Providência.
Em tempos antigos, já houve sínodos e concílios, como o de Toledo (ano 400) e o de Braga (em 561), que rejeitaram frontalmente o culto ou cultivo da astrologia.
Para viver, as pessoas precisam de esperança, serenidade, algo em que apoiar-se. Os que acreditam que Deus é providente e reconhecem que tudo o que acontece é porque Ele quer ou permite, não precisam de outros apoios. Os que não têm esse eixo fundamental em seu pensamento buscam, com mais ou menos afinco, segundo sua cultura e sua sensibilidade, os caminhos do azar, da aventura, para esconder suas desventuras, sobretudo quando se sentem em perigo ou são desconfiados. “Mundus vult decipi”, diziam os antigos, isto é, “o mundo quer ser enganado”.
Como a voz que clama no deserto, Anderson Luis dos Reis (32), foi levantado para propagar a Palavra salvífica do Reino, atrair vidas a Jesus, e preparar o caminho do Senhor antes de sua segunda vinda gloriosa. Devoto da Virgem Santíssima, o intrépido pregador tem espalhado também, a consagração e devoção ao Imaculado coração de Maria por meio de suas pregações. Já viajou por diversos estados brasileiros como missionário e esteve em alguns outros países ministrando a Palavra.
Hoje ele comemora o seu aniversário e preparou uma surpresa para os admiradores do seu trabalho como evangelizador: lançando um aplicativo que leva o seu nome. O aplicativo "Anderson Reis" traz pregações e interações com os perfis pessoais do missionário aos que o baixarem (grátis); e ainda disponibilizará estudos, orações e bons conteúdos sobre a doutrina da Igreja.
Com exclusividade, Anderson nos concedeu uma entrevista:
1.Anderson, você é o primeiro missionário
católico que lança um aplicativo móvel, disponível gratuitamente para aparelhos
celulares. O aplicativo facilitará a vida de oração dos usuários que o
obtiverem/baixarem e disponibilizará também o conteúdo de suas pregações para
downloads grátis.
Como surgiu a ideia do aplicativo? E quais são as suas expectativas a partir
desse lançamento: acredita que outros irmãos católicos também irão aderir essa
nova forma de evangelização?
A ideia desse
aplicativo não foi minha. Eu estava na casa de um amigo, Rafael de Paula Lura,
e ele me deu o aplicativo de presente de aniversário (é um rapaz que possui
manejos com comunicação, é o criador do site “Rainha dos Apóstolos”, e já me
ajudou muito com divulgações de pregações pela internet); portanto a ideia
partiu dele.
Eu aderi, porque
percebo que a juventude (que é o nosso foco de evangelização) está totalmente
conectada, então, o aplicativo facilitaria a forma de evangelizar: porque o Apóstolo
Paulo vai dizer “Ai de mim se eu não evangelizar!”, e, se esse é um meio que eu
posso conseguir chegar com a voz da Igreja ao coração de muitos, eu o farei.
Também tenho um
grande desejo que as pessoas possam ter uma vida mais devocional, porque o
sentido da nossa vida é amar a Deus para conseguir a salvação eterna.
Santo Afonso vai dizer que: “Quem reza se salva, quem não reza, se condena”.
Portanto, nós
vamos postar (no aplicativo) muitas coisas sobre orações, ensinos, livros,
pregações para baixar em downloads, agenda de eventos... Para que possamos
estar unidos na fé e evangelizar.
Eu creio que depois do lançamento deste aplicativo, algumas outras pessoas vão
se interessar, porque é um meio de divulgar a Palavra de Deus; divulgar as suas
comunidades; o seu grupo de oração. Acredito que será uma tendência outras
pessoas lançarem, sim, o aplicativo (...) e que todo esse nosso trabalho
evangelizador por meio da internet, como diz Santo Inácio de Loyola, “Seja para
a maior glória de Deus”.
2.Você é um
pregador profético, ousado, polêmico, já foi fundador de uma Comunidade de
Vida, tem um testemunho de conversão que é de forte impacto a quem ouve, e, no
fim do ano passado você comprou uma briga em defesa da fé, batendo de frente
com o Porta dos Fundos (o canal de vídeos de humor do youtube) que gravou e
disponibilizou um vídeo zombando de Maria e do sacrifício de Jesus na cruz.
Na ocasião você também fez um vídeo, entretanto, denunciando e pedindo a ajuda
dos irmãos cristãos à solicitar o fim dos patrocínios ao canal.
E a pergunta é a seguinte: houve algum pedido de desculpas, ou, manifestação
por parte de integrantes do Porta dos Fundos demonstrando arrependimento pela
afronta feita à fé no Cristianismo?
De fato, Deus me chamou a exercer esse ministério profético, que deveria
ser o de todos os pregadores, embora, alguns não façam por falta de coragem;
são medrosos!
Eu creio que toda essa omissão vai ter que ser paga no tribunal de Cristo, pois
o Papa Félix III vai dizer que: “Aquele que não condena ao erro, é a mesma
coisa que aprová-lo”.
Eu não sei como um cristão consegue ver tanta zombaria contra o nosso Senhor
Jesus Cristo e ficar em silêncio, então, seria bom que eles lessem a palavra de
Isaías 58:1 “Clama em alta voz, sem constrangimento; faze soar a tua voz como a
corneta. Denuncia a meu povo suas faltas, e à casa de Jacó seus pecados.”
Quando eu vi o vídeo do Porta dos Fundos, aquilo arrancou-me lágrimas dos
olhos, porque foi uma ofensa gravíssima ao nosso Senhor Jesus Cristo. Eu fiz um
vídeo, portanto, e pedi a cooperação dos cristãos para tomarmos a defesa da fé.
Principalmente porque, um ateísmo militante vem crescendo muito, e, esse povo
quer a cabeça dos cristãos, da mesma maneira que está acontecendo em países como
a Nigéria, onde se morre muitos cristãos em defesa da fé. Nós devemos ser voz:
voz profética, para denunciar toda essa iniqüidade.
Porém, não houve arrependimento de nenhum deles (integrantes do Porta dos
Fundos). Eles gostaram, pois fez com que désse bafafá na mídia, e é isso que estão
procurando; crescimento: porque só se importam com o dinheiro! Só se importam
com a fama!
E Jesus vai dizer em Mateus, cap. 19, 24 que “é mais fácil um camelo passar
pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus”, então, vão
seguir o Deus deles que é o dinheiro, e vão ter a recompensa deles, que é fora
da vida eterna (...) eles não se retrataram. Mas graças a Deus foi um ato de
coragem, foi uma mobilização muito forte, eu não me arrependo em nada, e, nós
ainda nesta terra iremos caçar muita encrenca com o inferno. Esperem, que mais
vídeos estão vindo por aí!
3.Após a denúncia, como foi receber as
críticas direcionadas a você (através de vídeos, e comentários nas redes
sociais)? Já esperava o contra-ataque dos grupos ateístas?
Como foi lidar com tudo isso?
Para ser bem sincero, eu não tinha noção das afrontas e da maneira como eles
iriam fazer (exemplo): xingando Jesus; botando foto no meu facebook (fanpage)
de Jesus sendo violentado sexualmente pelos judeus; colocando um turbante na
minha cabeça e me comparando com o Bin Laden; falando palavras de pornografia
ofensivamente contra mim.
Porém, esse é o preço de seguir a Cristo: porque ele vai dizer lá em Mateus
5:11 “Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e
disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim”.
A perseguição foi por causa de Jesus, estou pagando o preço de seguir o meu Mestre
e defender a sua causa. Porém, a perseguição não pode nos fazer abandonar o
barco.
Interessante é que quando os discípulos do Senhor eram perseguidos, por
exemplo, Pedro: as pessoas o mandavam ficar quieto; e ele dizia, “Eu não posso
deixar de falar daquilo que tenho visto e ouvido.” (Atos 4:20)
Prendiam os discípulos, e eles eram soltos pelos anjos (...) ou rezavam nas
prisões e os grilhões se estouravam, ou, confessavam a fé dando testemunho de
fidelidade a Cristo.
Toda essa perseguição veio; mas, é uma alegria! Porque eu estou passando isso
por causa do meu Senhor; eu passei tudo aquilo por causa de Jesus!
São João da Cruz dizia: “Amor se paga com amor”. Se Cristo deu a vida por
mim, pregando a verdade, por que não darei eu a vida por Ele, pregando a
verdade!? Já que Efésios 5:11 vai dizer “Não tenhais cumplicidade com as obras
infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente.” O Porta dos
Fundos é uma obra das trevas e deve ser condenada abertamente, por todo aquele
que ama Jesus e quer reparar o seu Santo nome.
4.O seu ministério sempre foi perseguido, por
combater e denunciar o pecado, e também por levar a devoção e consagração a
Santíssima Virgem Maria. Conte-nos como surgiu o amor Mariano e a missão de
propagar sua devoção.
Eu começo dizendo a frase de dois santos, primeiramente João Paulo II: que
disse ter percebido na vida dele que “Não é Maria que nos leva a Cristo, é
Cristo que nos leva à Maria”; isso é totalmente interessante porque é o que
João recebeu de Jesus aos pés da cruz (João 19:27).
E uma outra santa (Margarida Maria Alacoque), Jesus disse uma coisa linda a ela:
“Eu confiei-te ao coração da minha mãe, para que ela te forme segundo os meus desígnios”.
Eu creio que foi Jesus quem me deu para a Virgem Santíssima, e claro, todo
aquele que é propagador de Nossa Senhora ele deixa o inferno enfurecido, porque
a devoção à Nossa Senhora sempre foi tida na Igreja como certeza de salvação:
já vai dizer Santo Afonso Maria de Ligório “Quem é devoto de Maria, pode estar
tão certo do paraíso, como se nele já estivesse”. Vai dizer também São
Boaventura “Aquele que é assinalado pela devoção a Virgem Maria, seu nome será
assinalado no Livro da Vida”.
São Luís Maria Grignion de Montfort diz que, os Marianos são os mais
perseguidos pelo demônio. A perseguição vem por parte de Satanás e por parte de
pessoas até dentro da Igreja, que acabam não gostando do nosso trabalho... Por
que? Porque quando nós levamos a devoção a Nossa Senhora, nós estamos colocando
as pessoas mais próximas do céu. São Luís vai dizer que se você já estiver com
um pé dentro do inferno e rezar o rosário, Nossa Senhora vai te conseguir a salvação.
Satanás não quer que a devoção a Nossa Senhora seja propagada. Ele não quer
seja falado do amor da Virgem Santíssima. Então, é por isso que ele levanta as
perseguições. Mas a nossa confiança também está na Mãe de Deus que nos ampara
(...) um dia Santa Bernadette estava rezando na gruta, o demônio apareceu, e,
Nossa Senhora só olhou com cara feia pro demônio e ele foi embora. Portanto,
temos que confiar na Imaculada: quando São Maximiliano Kolbe estava com
problemas, ele dizia, “acaso não sabeis que sois da Imaculada?”. Nós somos dela,
e, ela nos protegerá como seus filhos prediletos.
5.Além da novidade do aplicativo, soubemos
que você estava escrevendo um livro sobre sua vida pessoal (testemunho
biográfico). Você pode falar sobre isso? Existe alguma previsão de lançamento
pra esse livro? Quando eu comecei a escrever, sofri uma retaliação
muito grande e tinha convicção de que passaria por um transtorno na minha vida
pessoal; sabia que Satanás iria se levantar muito; cheguei a capotar o carro...
Eu Possuo uma limitação muito grande para escrever, mas em nome de Jesus, o
livro está saindo! As pessoas perguntam muito (em todos os estados por onde
viajo), querem saber se vai sair ou não!
Mas além desse meu primeiro livro eu já estou com alguns outros projetos em
mente, quero escrever outras coisas... Tô abrindo uma editora... Traduzindo algumas
obras do inglês, que é novidade, e, creio que o público brasileiro vai gostar
muito. São obras que vão fazer um bem enorme para a nossa Igreja do Brasil...
Estamos vendo com uma editora, para lançarmos esses livros e “arrebentar a boca
do balão!”.
Peço orações para que esses projetos dêem certo (será uma grande alegria pra
mim); eu tenho certeza que, quando lançados, esses livros contribuirão para que
muitas pessoas amem a Cristo.
E em nome de Jesus, eu lançarei o meu primeiro livro ainda esse ano!
6.Você vive integralmente para a missão, faz
viagens ministrando a Palavra pelo Brasil e pelo mundo, mas em São Paulo,
existe uma comunidade fixa onde você se sente em casa? Um grupo de oração que
te acolhe (...) existe um grupo de oração que você participa?
Graças a Deus as portas do evangelho estão abertas: eu prego todos os finais de
semana! Neste ano eu só fiquei em minha casa dois finais de semana.
Estou gastando a vida pelo Evangelho; pregando também durante a semana.
Durante seis anos da minha vida eu tive uma comunidade (Escravos de Maria do
Santíssimo Rosário), fui muito feliz com ela, mas justamente por causa da minha
agenda lotada, chegamos a um discernimento que eu precisava me dedicar mais a
este apostolado de evangelização fora. A Comunidade teve suas atividades
encerradas, porém, permanece a amizade com os membros (o Rafael que me deu o
aplicativo era membro da Comunidade).
Hoje eu participo do Grupo de Oração – Alegrai-vos no Senhor, todas as
quartas-feiras (um grupo da Renovação Carismática Católica), e se as pessoas
quiserem conhecer um pouco mais do nosso trabalho é só acessar o site www.alegraivosnosenhor.com.br.
Lá tem um pouco da história do grupo e às quartas-feiras ele é transmitido ao
vivo pela internet; sendo que tem diversas pregações minhas no canal do youtube
feitas nesse grupo.
Já alcançamos mais de um milhão de views (visualizações) de acessos e mais de
trezentos mil views dos vídeos. Esse nosso grupo de oração é um grupo que
evangeliza na paróquia, no bairro, e pelo mundo através da comunicação na internet.
Enfim, como disse Bento XVI “a internet não é apenas um espaço a ser ocupado, e
os responsáveis pelos processos de comunicação devem promover uma cultura de
respeito pela dignidade e o valor da pessoa humana”.
Mais uma vez nós vemos a importância da evangelização através da comunicação digital.
7.Deixe um recado aos leitores que acompanham
essa entrevista contigo aqui no blog Fugindo da Serpente, e, sobretudo, aos
que admiram o seu trabalho de evangelizador.
É com muita alegria que eu concedo essa entrevista ao Fugindo da Serpente, peço
que as pessoas rezem por esse projeto, por esse apostolado, para que o Fugindo da
Serpente de fato seja uma voz profética dentro da Igreja, estou muito feliz por
poder falar a este blog, creio que não será a primeira e única entrevista,
teremos outras, e quero dizer aos amigos que me acompanham: sou muito grato a
amizade de vocês, pelas orações, pela companhia por meio da internet, espero
que esse aplicativo (Anderson Reis) seja uma maneira de unirmo-nos na fé,
para poder propagar o Reino de Deus ― essa é a intenção número um: que a
vontade de Deus aconteça por meio do Santo Evangelho, usando esses meios de
comunicação.
E que os nossos amigos possam amar cada dia mais o nosso Senhor Jesus Cristo;
ter uma vida Eucarística; freqüentar os sacramentos; se expor a Palavra de
Deus; adorar a Jesus nos sacrários; ter uma vida de doação e amor aos
necessitados; que possam ler a Bíblia Sagrada; ter uma filial devoção a Virgem
Maria; e cada vez mais esquecer do pecado, das coisas do mundo que prejudicam a
nossa alma, e ter em mente que nós aqui estamos como peregrinos, que o que
devemos fazer é lutar para conquistar a vida eterna.
Que a Virgem Maria abençoe a vida de cada um de sobremaneira, e que ela coloque
cada um dentro do seu Imaculado Coração, para que possamos encerrar essa vida
na terra livres do pecado e termos a morada eterna no céu aonde poderemos
adorar a Trindade Santa por toda a eternidade; esse é o meu desejo, para mim,
e, para cada um de vocês.
Um forte abraço para cada um. Salve Maria Imaculada!
• Eleições 2014: Sou antipetista e desejo um governo para o bem comum (...) que as pessoas
possam ser tementes a Deus, porque um homem que governa, deve ser governado
primeiro por Deus.
• Alguém que eu admiro como pessoa: Minha
mãe! Por ser a responsável pela minha conversão; uma mulher lutadora!
• Um Santo que me inspira santidade: Santo Padre Pio de Pietrelcina.
• Algo que eu ainda não fiz como
Cristão: Nossa, é difícil enumerar! São muitas coisas!
Mas o desejo que eu tenho é o de fazer uma peregrinação na Terra Santa.
• Aplicativo Anderson Reis: Uma maneira de evangelizar, com as ferramentas atuais que temos.
• Anderson Reis X Anderson Reis (quem ele é?) Um homem feliz. Realizado na sua vocação. Que teve a graça de conhecer a
Jesus Cristo e que tem o desejo profundo (no coração) de fazê-lo amado...
Uma pessoa com virtudes, qualidades, e defeitos, que procura a cada dia
melhorar para ser melhor a Deus e aos irmãos.
O Fugindo da Serpente agradece a disponibilidade e atenção para com o nosso trabalho de evangelização, e deseja-lhe um feliz aniversário, pedindo ao Senhor que o seu grito profético não se cale, mas aumente a cada novo dia, de modo que no dia glorioso, tu venhas ser reconhecido por aquele a quem tanto se dedicou aqui nesta terra... feliz aniversário, Deus te abençoe. Paz! #TamoJunto
Quando se perde a noção de Deus, dissolve-se a concepção do amor
Existem ensinamentos de Jesus que provocam desconforto, porque seriam limitadores da liberdade e do desejo de construir a felicidade. “Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne?” (Mateus 19,4-6).
Esta frase pronunciada com autoridade por Jesus, contradizendo também a lei mosaica, suscitou debates, divisões, cismas no interior da Igreja. E também dor por parte de muitos que, tendo fracassado no próprio casamento, buscaram refazer-se na vida afetiva e hoje se sentem excluídos ou rejeitados pela Igreja porque não podem comungar.
Trata-se de um dos ensinamentos que não é facilmente compreendido. Como pode Deus reivindicar que uma união conjugal seja para sempre, se nós somos vulneráveis, tão inclinados ao mal, frágeis, sentimo-nos frequentemente incapazes de ser fiéis aos nossos compromissos perenes? Pode existir uma união para sempre? E se errarmos?
Por outro lado, muitos defendem a possibilidade de dissolver omatrimônio levando em consideração o fato de que o amor seria inconstante, ou que não exista um afeto que possa ser duradouro por causa da contingência do homem. Por que Deus pede união matrimonial para sempre e com apenas uma pessoa? Talvez não nos conheça, ou não sabe do que somos feitos?
A defesa da indissolubilidade está na argumentação da sua negação. Deus sabe do que somos feitos e por isso acredita em nós. Ele conhece perfeitamente tudo o que somos capazes, nós, porém, por causa do nosso pecado, pouco a pouco nos esquecemos. Somos pecadores, Ele sabe muito bem, mas somos também seres redentores, e esta redenção é o que permite fazer de nós novas criaturas. Somos feitos para o amor, que não é somente uma possibilidade humana, mas também um dever metafísico. Quem não ama perdeu a sua humanidade e o sentido daquilo que é.
Para acreditar na indissolubilidade matrimonial é necessário acreditar na fidelidade, e para acreditar na fidelidade é necessário acreditar no amor. Mas para acreditar no amor é fundamental acreditar em Deus. Não se pode acreditar no amor verdadeiro se não acreditarmos em Deus.
Para que o amor seja eterno e perene depende do fato de acreditar que existe um Deus que é amor. Isso porque as definições “para sempre” (caráter infinito), “desde sempre” (eternidade), perfeição e transcendência, são ligadas ao Criador. Quando se perde a noção de Deus, dissolve-se a concepção do amor.
Ninguém crê tanto no amor humano como Deus, que sabendo como somos, permitiu nos dar sempre através de todas as gerações a oportunidade de aprender Dele que é o nosso melhor Mestre. E nos propõe um modelo de trindade terrena na qual a experiência amorosa possa ser vivida nesta vida.
Negar Deus é negar a eternidade, e com isso sucumbe a ressurreição e seremos condenados ao nada.
Se deixarmos o amor como puro mecanismo fisiológico, estaremos expondo-o à sensibilidade da pele que quer sempre dar prazer a si mesma. Somente quando compreendemos que Deus existe, que “é amor” e que nos amou com amor eterno, podemos viver a experiência da doação, do “sim” para sempre sem medo de errar. Mas sobretudo sem deixar aquele “sim” à mercê dos instintos viscerais que pedem cada dia mais como uma enorme serpente que devora a si mesma pela cauda.
O amor humano está ligado a Deus. A incredulidade, o ateísmo, são a morte do “amor para sempre”; e se não existe este amor para sempre, estamos condenados a viver desejando o que não é possível. Aquilo que nos espera é a ausência de sentido.