quarta-feira, 7 de março de 2012

1. Minha Primeira Vez... com JESUS!


Nasci em Cristo. Fui constituído nele...
Cresci em uma família católica que se prostra todas as noites, em uma cidadezinha interiorana do estado, com o terço em punho para agradecer e oferecer intenções ao Pai Celestial. Estudei o catecismo, muito aprendi; deliciei-me nas aulinhas de domingo e assim fui sendo forjado nos caminhos do Criador. Conheci as histórias e nomes bíblicos, em decorrência das leituras que fazia em minha volumosa e "maneira" bíblia ilustrada, feita propriamente para crianças.
                                                                                              •
            O garotinho foi crescendo, crescendo, e, com o passar do tempo às ilustrações e histórias bíblicas já não faziam mais parte do seu cotidiano. A catequese e os amigos da igreja já não eram o centro das atenções nos domingos, e as canções como a que falava de certo homenzinho torto e que mexia com seu imaginário foi trocada pelas músicas ‘hits’ do momento e que não soavam nada cristãs ao ouvido dos que ouviam-no cantar.
A fase da puberdade chegou. Os cravos e espinhas borbulharam por todo o rosto. A voz mudara o, estilo de se vestir, as vontades e anseios e, até mesmo o turno de suas aulas; pois ele exigiu que só continuaria a estudar se fosse mudado para o período noturno...
Tanto fez que conseguiu, depois de alguns dias de birra, foi matriculado pelos pais em uma escola longe de casa. Sua voz parecia ser a autoridade máxima em casa. A rebeldia estava em alta. Os pais faziam todo o querer do filho caçula e nada parecia estar legal para aquele aborrecente adolescente.
            Egoísmo, rancor, traumas e amarguras, eram os grilhões que o garotinho trazia no seu relicário de memórias embolorado. O coração era hermeticamente sufocado pela saudade e ausência do pai celestial. Entretanto, ele não sabia que esse sufocado coração queria rever o pai à quem ele abandonara há alguns anos. Pensava estar passando pela crise da aborrecência — fase pela qual todo adolescente em puberdade há de entrar —, repleta de brigas, xingamentos e coisas afins. 
Era um momento de distração e inquietude, onde o que o coração do mesmo só buscava ser encontrado por algo que lhe motivasse a viver.
            O garoto cativou amigos. Amigos que, também sentiam saudades de casa e, do aconchego do Pai Celestial — que viviam como vasos rachados, vazios, sedentos por um pouco d'água. — Um destes tantos amigos, era batera, e se chamava Flávio, tocava relativamente sem grande compromisso em uma igreja católica — um grupo de oração renovado com os carismas do Espírito Santo — no centro da cidade. Um dia, convidado por ele a ir à igreja, o rebelde sem causa resolveu aceitar o convite e adentrou uma daquelas que seria sua segunda casa por longos anos. 
Era um domingo de veraneio, com sol forte de fim de tarde em meados de maio. Dia propício para que o jovem estive em qualquer outro lugar que não fosse o âmbito religioso, porém, foi naquele lugar que o Pai Celestial resolveu levá-lo para um o reencontro de corações.  Embora não tenha se entregado completamente ao clima de oração na primeira vez que adentrou aquela grande igreja, os louvores ministrados pelos músicos, plantaram algo diferente em seu coração que o fez voltar para casa com espírito revigorado. E, alguma coisa lhe dizia mentalmente que, era chegada a hora de voltar às origens e que Deus o queria por perto, por muito perto.
 Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará
 João 8:32
            Os meses foram passando e o jovem continuou a frequentar a igreja; gostou daquele lugar, pois encontrou aconchego e refúgio em uma força suprema, que lhe impulsionava a falar e buscar mais sobre uma palavra de esperança, amor, paz...
Ele se empenhava em  fazer a leitura de sua bíblia novamente (agora, sem ilustrações), comendo de uma palavra mais sólida e madura. E, o mundo parecia parar diante de  todas as tribulações e ondas altas que perseguiam sua mente e coração aborrecente quando ele parava para fazê-la.
             Em sua busca incessante, encontrou-se com o Espírito Santo através de orações intercessórias feita por irmãos, durante uma vigília  (em prol de um evento para jovens). A noite estava quente e o espírito que nele voltou a habitar, fez com que o fogo e calor ardessem com maior intensidade em seu peito. Transformando o calor da noite em uma junção perfeita com graça e paz interior, levando-o a um êxtase e repouso espiritual. Aquela, foi a primeira vez que o garoto sentiu algo loucamente metanoico, vindo de Deus.
O agir do espírito foi tremendo. 
                                                        •
Desde então, a busca por mais do amor de Deus não parou. O jovem fez amigos  de fé, levantou-se como um ministro de louvor, passou por momentos de alegria, felicidade e, muitos outros momentos de entrega e amor com o Pai Celestial, entretanto, sem abster-se de tristezas e dores que inevitavelmente devem compor a história de um bom cristão que luta pela coroa da sua salvação.




Essa foi minha primeira vez com Jesus
Ps
: conte-nos como foi sua primeira experiência com Jesus também.
                                                   
                                                                                       
                                                                                               /fledsonsoares

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